Dia Nacional do Patrimônio: profissionais destacam pioneirismo paranaense
13 de agosto de 2021 |
O dia 17 de agosto foi a data escolhida para comemorar a proteção do patrimônio cultural brasileiro. No Paraná, 169 prédios integram a lista de bens tombados. O mais recente, a antiga rodoviária de Londrina, tornou-se, em 2021, “Patrimônio Cultural do Brasil” pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN. O projeto de João Batista Vilanova Artigas foi o primeiro imóvel do Norte Novo do Estado a receber o título, tendo a chancela de um órgão nacional.
Conforme o arquiteto e urbanista Jeferson Dantas Navolar, ex-presidente e atual conselheiro federal do CAU/PR, é preciso ressaltar que em termos de preservação do Patrimônio Cultural, pode-se dizer que o Paraná foi pioneiro no Brasil. Isto porque em 1935, por meio da Lei Estadual nº 38, foi instituído o Conselho Superior de Defesa do Patrimônio Cultural do Paraná. Segundo Navolar, “além de estabelecer como objetivo do novo órgão ‘a defesa das riquezas naturais, artísticas, literárias e históricas do Estado’, esta legislação definiu a criação de importantes instituições de preservação do patrimônio, como a Casa de Alfredo Andersen (Escola de Belas Artes do Estado do Paraná), a Casa de Rocha Pombo (Institutos Histórico e Geográfico do Paraná), a Casa de Emiliano Perneta (Centro ou Academia de Letras do Paraná) e a Casa de Itiberê da Cunha (Conservatório de Música do Estado do Paraná). Essas são instituições ainda presentes e responsáveis, em grande parte, por preservar e difundir a cultura local”, completa ele. Vale salientar que a capital paranaense também foi uma das primeiras do país a realizar o detalhamento de preservação do centro histórico em seu Plano Urbanístico de 1964.
No âmbito federal, iniciativas de preservação oficiais começaram com a criação do Ministério de Educação e Cultura, em 1937, com o Decreto Lei nº 25, durante o governo de Getúlio Vargas. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, comandado pelos modernistas Mário de Andrade e Rodrigo de Melo Franco, também contribuiu para o movimento.
Primeiros bens protegidos no estado
No Paraná, o primeiro acervo de proteção aos bens culturais data de 1938, quando a Igreja de São Francisco das Chagas, em Paranaguá; a Fortaleza da Ilha do Mel; a Igreja Matriz de Guaratuba; e a Casa Lacerda, na Lapa, foram tombados.
O restauro, atribuição de arquiteto e urbanista, configura-se também de fundamental importância na preservação do patrimônio. Para a arquiteta e urbanista, e professora, Giceli Portela, especialista na recuperação de bens históricos, o restauro pode ser uma das soluções para que uma obra seja perpetuada no tempo, para que futuras gerações possam conhecer a história. “Cabe ao arquiteto que restaura o papel de ser guardião do legado arquitetônico. A formação do arquiteto brasileiro conduz a esta atribuição tão bela”, ressalta Portela.
O Dia Nacional do Patrimônio Histórico é comemorado desde 1998, quando o primeiro presidente do IPHAN, o historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade, completaria 100 anos. Andrade dedicou a vida para a preservação e valorização do Patrimônio Cultural Brasileiro, sendo responsável pela criação do Instituto, em 1937.
Nos 84 anos de existência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mais de 1.200 bens foram tombados e estão sob a proteção da entidade, em todo o Brasil. “Preservar o patrimônio de um país é valorizar nossas origens culturais, ao levar para o futuro a memória de um legado, dos feitos humanos, dos mais humildes aos mais suntuosos, como aprendizado e como respeito pela nossa história”, destaca Giceli Portela.
Em homenagem ao Dia do Patrimônio Cultural, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná produziu um vídeo com algumas das principais obras arquitetônicas preservadas no estado. Acompanhe o Vídeo. Acompanhe o Vídeo.
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