Câmaras Técnicas iniciam com assuntos de interesse de toda a sociedade
28 de fevereiro de 2015 |
A primeira Conferência Estadual das Câmaras Técnicas começou neste sábado de manhã (28) com debates que interessam a toda a sociedade. Logo na abertura do evento, o Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), Jeferson Dantas Navolar, ressaltou que as principais atribuições dos profissionais dão nome a cada uma das sete Câmara Técnicas (CT’s). O Presidente ainda falou sobre a Lei nº 12.378/2010, que regulamentou o exercício da Arquitetura e Urbanismo no país e criou o CAU. Navolar também lembrou de Zezéu Ribeiro. O Arquiteto, Urbanista e ex-deputado federal, que faleceu nesta semana, se dedicou à defesa da profissão no Brasil e teve atuação decisiva para a aprovação da Lei dos Arquitetos. “É mais uma grande perda, o céu deve estar bom demais”, homenageou o Presidente do CAU/PR.
A CT Arquitetura e Urbanismo – “Habitação de Interesse Social e Assistência Técnica Pública e Gratuita”, abriu as apresentações. A arquiteta Sandra Mayumi Nakamura, da regional de Curitiba, foi a palestrante. Ela disse que o grande desafio é conseguir trabalhar de forma conjunta os diversos atores da sociedade como universidades, prefeituras, conselhos e a população. A Lei 11.888/2008 garante assistência técnica de graça para famílias com até três salários mínimos, ou seja, renda de no máximo R$ 2.364. “Precisamos aproximar os estudantes do tema e apoiar as prefeituras na aplicação da lei. Assim, vamos auxiliar na implementação dos diversos planos e programas da área de habitação”, disse Nakamura. A arquiteta ainda ressaltou que essa Câmara Técnica vai discutir a melhor forma dos benefícios serem difundidos para a população, órgãos públicos e profissionais.
NBR em pauta
As Normas Brasileiras de Desempenho (NBR 15575) – que inclui questões de seguração e de habitabilidade – e de Reforma (NBR 16280) foram os principais assuntos da Câmara Técnica Arquitetura de Interiores, apresentada pelo arquiteto Celso Saito da regional de Maringá. Devido a complexidade das normas, ele propôs a criação de grupos de trabalho em todas as regionais do CAU/PR. “A proposta é que cada uma das regionais assuma os estudos de forma profunda e detalhada”, declarou Saito. As discussões regionais devem ter a participação dos profissionais das diferentes cidades, numa troca de experiências para solucionar os problemas. A ideia é produzir um material padronizado para ser distribuído para todos os arquitetos e urbanista do Estado.
Arquitetura Paisagística
As Áreas de Preservação Permanente situadas em Áreas Urbanas foram o tema da CT Arquitetura Paisagística, que fechou as explanações da manhã. O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná, Paulo Chiesa, falou sobre o assunto. “É, sem dúvida, atual e relevante, uma vez que o debate nacional sobre a sustentabilidade das cidades envolve políticas públicas e ações privadas relacionadas à crescente urbanização do território brasileiro e seus impactos sobre as paisagens e territórios”, explicou o professor. Chiesa salientou que a discussão dos conceitos de paisagem e seus desdobramentos, tais como paisagismo, arquitetura paisagística e planejamento e projeto da paisagem, nos vários níveis e escalas, constituem o campo teórico e técnico dos esforços e reflexões dessa Câmara Técnica.
Após a apresentação de cada CT foi aberto um espaço para debate. O evento seguiu durante todo o dia com a apresentação de mais quatro Câmaras Técnicas. O encerramento ocorreu com as eleições dos coordenadores das seis Regionais do Conselho: Curitiba, Londrina, Cascavel, Maringá, Pato Branco e Guarapuava.