Arquitetura em Debate: mostra destaca a presença paranaense em concursos
10 de setembro de 2021 |
O arquiteto e urbanista Fábio Domingos Batista é o entrevistado desta vez do Arquitetura em Debate, espaço das mídias do CAU/PR para abordar temas como o Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, o Planejamento Urbano e Regional, o Meio Ambiente, a Arquitetura Paisagística e a de Interiores, entre outros.
Também professor universitário e acostumado a participar de concursos públicos de Arquitetura e Urbanismo, Fábio Domingos Batista é um dos organizadores da exposição Concurso como Prática: a presença da Arquitetura Paranaense, que foi aberta neste mês no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, e destaca a participação de profissionais do estado em projetos premiados nos concursos nacionais e internacionais de Arquitetura realizados nas últimas seis décadas.
O que é e o que significa a exposição Concurso como Prática: a presença da Arquitetura Paranaense?
É uma forma de colocar em perspectiva temporal a participação e premiação dos escritórios paranaenses nos concursos de Arquitetura e Urbanismo.
Muito se fala das premiações da geração de professores que fundaram a graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e também das novas gerações, mas colocar em uma linha temporal é uma forma de compreender a potência e a relevância da Arquitetura produzida em Curitiba e em outras cidades do Paraná.
Acreditamos que a participação e a premiação em concursos é uma tradição nossa, que reflete a qualidade projetual de nossos profissionais, muitas vezes ignorada pelos gestores públicos e mercado da construção civil.
Como foi a ideia de montar a mostra?
A ideia nasceu de uma ação iniciada em agosto de 2018, que tinha o objetivo de discutir a realização de concursos públicos em Curitiba. Foi realizado um seminário organizado por mim e pelos arquitetos e urbanistas Alexandre Ruiz e Fabio Henrique Faria. No mesmo evento ocorreu uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Curitiba. No seminário, uma das palestrantes era a professora Elisabete França.
A partir deste seminário começamos a pensar na exposição, que foi estruturada por mim, pelo Alexandre Ruiz e pela Marina Oba. A curadoria é da Elisabete França.
Nós contamos com a colaboração de uma equipe.
Como os arquitetos urbanistas paranaenses se tornaram “papa-concursos”? Quais foram os principais fatores?
Acredito que três fatores foram determinantes para o sucesso:
– A mobilidade das equipes, que sempre se renovaram com a participação de novos profissionais, o que resulta em uma busca constante por soluções projetuais singulares.
– O sucesso das equipes vencedoras, que estimula a participação dos colegas e a formação de outras equipes.
– A tradição que perdura desde a década de 1960.
Na visão dos organizadores da mostra, os profissionais do estado devem continuar com a tradição de vencedores de concursos? Por que?
A tradição que deve persistir é a participação, que fortalece a Arquitetura local a partir do desafio de projetar programas complexos e, após o resultado, analisar as propostas premiadas. Esse aprendizado contínuo é fundamental para a melhora da habilidade projetual.
A premiação é uma consequência desse processo, pois de certo modo não há perdedores em um concurso, já que mesmo as equipes não premiadas ganham a experiência projetual obtida.
Fique à vontade para outras considerações importantes.
Gostaria de convidar a todos e a todas para visitar a exposição. Acredito que a mostra não é voltada somente aos arquitetos e urbanistas, mas ao público em geral. É possível conhecer alguns projetos inéditos que tornaram o Paraná conhecido como o celeiro da boa Arquitetura nacional e internacional.
Serviço
Exposição Concurso como Prática: A Presença da Arquitetura Paranaense
Sala 1
Visitação: terça-feira a domingo, das 10h às 18h
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999